Agência oficial do evento
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Simpósios Temáticos |
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Título: História do Crime e da Justiça Criminal |
Proponentes: Marcos Luiz Bretas (Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Descrição: A presença da violência na sociedade era tema estabelecido nos estudos clássicos produzidos no século XIX, onde o debate sobre as revoluções se fazia tão presente. Ao longo do século XX a temática foi sendo relegada a uma posição secundária, destinada quase a desaparecer sob o avanço do progresso e do mundo moderno. No caso brasileiro, a presença da violência instrumental marcava a história da colonização, elemento impossível de ser ignorado numa sociedade escravista.
Nos anos 1980, os historiadores passaram a se utilizar mais sistematicamente das fontes criminais. Primeiro buscando temáticas externas às suas condições de produção, depois tentando cada vez mais compreender a produção destas fontes e o lugar da violência e do crime na sociedade. O projeto deste simpósio é congregar os historiadores que trabalham sobre temas e fontes da violência, do crime e da justiça criminal, criando a oportunidade para debater metodologias de pesquisa e resultados obtidos.
Três eixos orientarão as propostas:
1) O primeiro diz respeito ao estudo do crime e dos criminosos Variações ao longo do tempo – ou região – surgimento de novos tipos e estudo daqueles que foram historicamente identificados como autores destes crimes, tanto enquanto grupos sociais como individualmente;
2) O segundo busca avaliar as reações públicas ao crime, o surgimento e o funcionamento de aparatos legais, judiciários, policiais e prisionais enquanto forma de lidar com o crime. Pode ser tratado do ponto de vista da história do direito e das normas legais sobre o estabelecimento de instituições, ou então enquanto uma história social destas instituições, seus modos de funcionar e as ações daqueles que participam delas.
3) O terceiro eixo procura avaliar as representações sociais a respeito do criminal. Como a imprensa, memorialistas e outras formas de acessar o público procuram construir narrativas que dão sentido ao crime e produzem determinadas imagens daqueles que os cometem. |
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