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Título:
Revoltas e insurreições no Brasil - do séc. XVII ao XIX

Proponentes:
Luciano Raposo de A. Figueiredo (Universidade Federal Fluminense),
Marco Antonio V. Pamplona (PUC-Rio / Universidade Federal Fluminense)

Descrição:
Consideramos o tema do nosso simpósio – “Revoltas e insurreições no Brasil: sécs. XVII-XIX” – oportuno para se retomar um velho e ainda importante debate: o das revoltas e insurreições populares enquanto formas específicas de luta política, por vezes as únicas possíveis para os muitos participantes de grupos e setores das sociedades sem representação institucional junto ao Estado.

A grande abrangência da temporalidade escolhida – dos séculos XVII ao XIX – é proposital aqui. Ela nos permitirá dar conta de múltiplas manifestações ocorridas nas províncias desde o antigo regime: entenda-se, na América portuguesa de após a Restauração de 1640; durante as tumultuadas décadas que marcaram o tempo das revoluções atlânticas; e, no período seguinte, quando consolida-se o estado-nação, nos marcos da monarquia constitucional. Traços comuns e também muitas diferenças acompanham as revoltas desses 3 momentos.

É objetivo de nosso simpósio reunir alguns importantes estudos em curso, trocar experiências e incentivar debates sobre determinados tópicos tratados. Sempre que possível, interessa-nos os estudos que desenvolvem abordagens comparadas, lidando de forma ampliada com o tema das insurreições nas Américas. Sabemos, entretanto, que os estudos que centram seu foco em revoltas determinadas tendem a predominar neste tipo de simpósio. Em ambos os casos, porém, há denominadores comuns e indagações que acompanham necessariamente os pesquisadores e estudiosos das revoltas. Por isso, ao longo dos debates do simpósio, estaremos privilegiando questões relativas:
a) aos principais paradigmas teóricos de análise e tipologias utilizadas nos estudos;
b) aos padrões de manifestação dos revoltosos evidenciados em cada caso: formas de ação coletiva, composição social dos revoltosos, rituais e representações utilizados, abrangência das revoltas (tempo e espaço) e sua repressão;
c) à memória social das revoltas;
d) ao vínculo destas com outras formas cotidianas de resistência e de luta política; e
e) às fontes disponíveis, arquivos e documentação utilizados para o seu estudo.

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