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Título:
História e alteridade

Proponentes:
Elizabeth Cancelli (Universidade São Paulo),
Marion Brepohl de Magalhães (Universidade Federal do Paraná)

Descrição:
O estudo dos sentimentos e das sensibilidades como um novo lugar para a História tem se consolidado cada vez mais, justificando-se, por um lado, por razões epistemológicas (a descoberta do inconsciente, o estudo sobre a eficácia dos símbolos, as relações entre o sagrado e o profano, entre outras), e, por outro lado, pela experiência mesma com os acontecimentos contemporâneos: os ódios públicos, as paixões revolucionárias, o fenômeno do engajamento, os mitos de unidade irracionais, que desempenham um papel tão importante quanto as sociabilidades entretecidas a partir do pensamento organizado.
O Núcleo História e Linguagens Políticas: razão, sentimentos e sensibilidades, constituído inter-institucionalmente desde 1993, com o objetivo de promover debates, encontros e publicações sobre a questão da interferência dos sentimentos na política, vem propor para o próximo encontro da ANPUH um simpósio temático que possa agregar pesquisadores interessados em discutir os sentimentos e as emoções que conduziram e conduzem diversas ações humanas.
Para o próximo encontro da ANPUH, cujo tema geral é História e multidisciplinaridade: territórios e deslocamentos, o núcleo propõe o tema da alteridade na História. Pretende-se trazer à discussão o locus fronteiriço onde se dá o entrecruzamento de certas figurações do pensamento e sensibilidade modernos, de extrema atualidade para a compreensão das subjetividades e da história. A importância que a questão da alteridade assumiu nas últimas décadas do século XX, assim como sua complexidade, têm sido demonstradas pela atenção a ela dedicada por estudiosos de diferentes especialidades, a exemplo de François Hartog, Tzvetan Todorov, Michel Foucault, Paul Ricoeur, Emmanuel Lévinas, Charles Melman dentre outros.
Dada a potencialidade do tema, propõe-se discorrer, numa perspectiva multidisciplinar, as dimensões e significações que definem o outro, designado no singular ou no plural, situado “fora” ou “dentro”, distante ou próximo, em relação a um sujeito que o pensa e o imagina. Repensar as identidades, comunidades e subjetividades – o eu, o nós na sua relação consigo e com o(s) outro(s). Pretende-se ainda interrogar, historicamente, a identidade e as subjetividades através da alteridade; os processos que conferem sentido à vida trazida à tona também pela sensibilidade. Se razão e paixão se desenvolvem em um mesmo horizonte ético, perguntamo-nos sobre o universo simbólico dos homens a partir da premissa de que não há oposição entre o afeto e o pensar, divisão que até o momento tem regulado, em boa medida, as formas de compreensão da sociedade pelas Ciências Humanas.

ANPUH ANPUHRS Unisinos PPG História - Unisinos

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Apoio
PUC-RS UCS PREFEITURA DE PORTO ALEGRE
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