Agência oficial do evento
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Simpósios Temáticos |
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Título:
Identidade e integração das Américas |
Proponentes:
Heloisa Jochims Reichel (UNISINOS),
Philomena Gebran (Universidade Severino Sombra) |
Descrição:
Identidade e Integração sempre foram objetos da reflexão dos homens e mulheres que se preocupam em compreender as Américas.
Ao longo de período colonial, relatos de viajantes, cronistas, intelectuais, dentre outros, focalizaram, predominantemente, as diferentes culturas e etnias encontradas nas Américas, as experiências culturais de intercâmbio e as peculiaridades do meio ambiente.
Desde a independência até poucas décadas atrás, quando ainda vigorava a modernidade, o viés político passou a acompanhar o cultural. Fundamentadas nos preceitos da modernidade, as análises buscaram defender e/ou definir uma alma comum que expressasse o ser americano. Dentre os norte-americanos, destacou-se a expansão da fronteira, a diversidade ambiental e a contribuição da imigração para a formação da sociedade, fatores que contribuíram para a defesa da teoria do melting pot. Na América Latina, o latino-americanismo, que teve sua origem nas idéias de Simón Bolívar, encontrou adeptos ao longo do século XIX e se desenvolveu intensamente por quase todo o XX. Quando José Marti cunhou a expressão Nuestra América, designou-lhe um significado simbólico que, para muitos, passou a expressar a identidade latino-americana. A integração regional, por sua vez, foi vista como resultado desse sentimento que se formara entre os latino-americanos devido à presença de fatores culturais e históricos comuns.
Como contraponto à nação latino-americana, desenvolveu-se, paralelamente, outra concepção de identidade para os países da América, esta contando com a participação dos Estados Unidos. Conhecida por pan-americanismo, ela enfatizava a integração continental sob a ótica de um regionalismo prático que visava atender às coordenadas das relações internacionais mais do que ao fenômeno da identidade.
O acelerado processo de globalização contemporâneo acrescentou uma maior complexidade à percepção das sociedades sobre si mesmas, expondo uma realidade que se apresenta constituída por conexões de tudo com todos. Novas formas de identidade são reconhecidas, tendo, como conseqüência, a fragmentação do indivíduo moderno que, até então, mostrava-se único e coeso. Um dos efeitos da pós-modernidade é a implosão do sujeito centrado, assim como uma sociedade criada e desenvolvida por um princípio comum e unificador.
As várias interpretações sobre a identidade e a integração das Américas, nesse contexto, oscilaram da existência de uma unidade para a concepção de um espaço sócio-cultural onde convivem várias etnias, culturas, sociedades e nações. O mesmo acontece com a questão da integração, a qual tem sido objeto de vários projetos e análises de suas perspectivas na atualidade. Movimentos sociais, étnicos e políticos, visualizados através de seus protagonistas ou de especialistas, expressam e discutem as questões relativas à identidade e à integração nas Américas.
A proposta do simpósio é abrir espaço para a análise e o debate acerca das diversas experiências, propostas, teorias e outras contribuições que os homens e mulheres das Américas deram aos temas indicados, procurando destacar o contexto em que as idéias foram produzidas e a contribuição/participação da multidisciplinaridade nas mesmas.
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