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Simpósios Temáticos

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Título:
História, Natureza e Território

Proponentes:
Gilmar Arruda (Universidade Estadual de Londrina),
Haruf Salmen Espindola (Universidade Vale do Rio Doce)

Descrição:
Em 2005, no XXIII Simpósio Nacional de História foram organizados dois simpósios temáticos dentro da mesma linha: História, Sociedade e Ambiente e História Ambiental – Balanços e Perspectivas. Em abril de 2006, durante o III Simpósio Internacional de História Ambiental da América Latina e do Caribe, ocorrido na Espanha, os participantes brasileiros decidiram pela apresentação de uma única proposta para 2007. Seguindo essa orientação, encaminhamos a proposta do Simpósio Temático História, Natureza e Território, reunindo as instituições promotoras dos simpósios realizados em 2005.
A globalização associada às políticas neoliberais fez emergir fenômenos contraditórios: de um lado, a constituição das redes, a desterritorialização e o agravamento dos problemas ambientais; de outro, as demandas por singularidade e espaços para as diferenças e localismos, bem como a crescente preocupação ecológica. O novo cenário fez emergir a noção de território associada à cultura e à natureza. O objetivo é congregar trabalhos que tenham em comum a abordagem ambiental e territorial na História. Os problemas ambientais tornaram-se tema do debate político e objeto de investigação científica de diversos ramos do conhecimento, inclusive da história, a partir da década de 1960. No Brasil, nos últimos 10 anos, cresceu a preocupação com a questão ambiental e sua relação com o processo de configuração do território.
O território no sentido político-administrativo é fundamentalmente o território nacional: espaço que delimita uma ordem jurídica e política, com suas linhas, limites e fronteiras. Entretanto território é também um espaço onde se projetou o trabalho, energia e informação, que revela relações marcadas pelo poder. O território é, ao mesmo tempo, criação coletiva, recurso institucional e natureza, constituindo-se espaço construído de relações sociais e sócio-ambientais, onde há sentimento de pertencimento ao espaço – identidades formadas com base em relações com raízes histórico-culturais e histórico-ambientais. O território produzido a partir do espaço por relações sociais, inscreve-se num campo de relações de forças sociais e políticas, um campo de poder.
A abordagem econômica destaca que o território resulta do embate entre classes sociais e da relação capital-trabalho, portanto sobressaem os processos de separação da natureza, da terra, dos meios de produção e dos meios de subsistência. No campo da interação humana com a natureza e o espaço sob a forma de ordenação do território, destaca-se a relação homem-natureza, as formas de apropriação da paisagem, a dinâmica dos assentamentos humanos e das práticas sociais e culturais das populações. A perspectiva sociológica enfatiza os grupos sociais, as relações de poder que se materializam no espaço e delimitam territórios, os conflito e diferenças culturais. A abordagem cultural prioriza a dimensão simbólica, na medida em que a apropriação também é feita por meio do imaginário e/ou identidade social sobre o espaço.
Portanto, território é um espaço definido e delimitado a partir de relações de poder e de apropriação. A noção não se restringe ao território do Estado-Nação, na medida em que todo espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder é um território. O território deve ser apreendido em múltiplas vertentes e diversas funções, podendo sobrepor-se permanente ou temporariamente. O território é formado a partir do espaço, como resultado de ações conduzidas por agentes, em qualquer nível, ou pelo resultado da luta ou do consenso entre os agentes em luta. Como ato histórico por excelência, ocorre numa dada relação espaço-temporal, isto é, resulta de processos sociais e das relações dos homens com a natureza, portanto, de relações sócio-espaciais centradas e emanadas cotidianidade dos indivíduos em diferentes centralidades, temporalidades e territorialidades.
Os territórios se formam de modo heterogêneos e sobrepostos, fundados nas contradições sociais, nas relações de poder e na diversidade cultural. Nesse sentido, não se confunde com o espaço ou lugar, pois está ligado à idéia de domínio de uma área, ao poder e ao controle do acesso, independente se a referência é um poder estatal, de grupo, de empresa ou de uma gangue. Da mesma forma, de modo algum pode ser desconsiderada a natureza, que sempre está presente no território e é dele indissociável.
A proposta é reunir trabalhos que investigam as relações com a natureza e o espaço. São importantes os estudos que examinam como as atitudes humanas e suas atividades atuaram para transformar a paisagem e como as pessoas alteraram o mundo ao seu redor e quais foram às conseqüências dessas alterações para as comunidades naturais e humanas. Algumas questões são colocadas em relevo: como as várias atividades humanas dependeram historicamente e interagiram com o mundo natural? Como os fenômenos e os recursos naturais amoldaram padrões de vida humana de diferentes regiões? Também interessam as abordagens sobre o poder, sociabilidade, redes sociais, multiterritorialidade, mecanismos de controle e ordenamento do território, bem como sobre as fissuras sociais e sobreposições de territórios. Destacam-se estudos relacionados aos aspectos históricos, demográficos e ambientais da formação territorial; aos fenômenos migratórios; aos processos de gestão do território e de ordenamento sanitário e de saúde pública; aos aspectos normativos, ideológicos e de mentalidade; às relações com populações nativas, às disputas pelo controle territorial; às questões de identidade cultural, natureza e território; às relações entre sociedade, técnica e território; entre outros. Em outra linha, interessam as mudanças de concepção e atitude em relação à natureza; as percepções dos homens sobre o mundo ao seu redor e como fixam os significados e de como esses amoldam suas vidas culturais e políticas.

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