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Título: Capitalismo, Colonialismo e Escravidão: iniciação a um debate historiográfico |
Proponentes: Gustavo Acioli Lopes (Universidade de São Paulo), Maximiliano Mac Menz (CEBRAP) |
Descrição: Ao menos desde a publicação da obra de Eric Wiliams “Capitalism and Slavery” (1944), a historiografia econômica tem procurado explicar as relações entre três processos históricos convergentes: a formação do capitalismo, a colonização do Novo Mundo e a “reinvenção” da escravidão na América. No entanto, se é quase universalmente aceito que existem relações entre estes três processos, as controvérsias sobre a natureza destas relações têm se extendido na literatura especializada. Nosso curso propõe uma introdução a estes debates, dividindo-se, deste modo, em dois blocos: no primeiro se tratará da tese de Eric Wiliams e a sua retomada mais recente por Joseph Inikori. Já no segundo bloco discutiremos as especificidades “luso-brasileiras” do debate; partindo da obra de Fernando Novais e Ciro Flamarion Cardoso, desenvolveremos as contribuições mais recentes dos autores brasileiros e portugueses em relação ao tema.
Programa:
1ª parte:
Sistema colonial, escravismo e Revolução Industrial: relações controversas.
* O clássico fundador: Capitalismo e Escravidão (1944) de Eric Williams.
As principais teses: origem do escravismo na América colonial; contribuição da economia colonial à Revolução industrial; o capitalismo e o Abolicionismo inglês.
* O ataque revisionista: Econocide (1977) de Seymour Drescher.
A contestação da “tese do declínio” e o Abolicionismo.
* O contra-ataque pró-Williams: Africans and the Industrial Revolution (2002) de Joseph Inikori.
O clássico e o novo: o mercado atlântico e a Revolução Industrial inglesa.
2ª parte:
Sistema colonial, escravidão e crise: o debate luso-brasileiro.
*Os “fundadores” Caio Prado Jr. e Fernando Novais.
O sentido e a longa duração na história colonial: a formação do Brasil e o sistema colonial.
*Os paradigmas alternativos de Ciro F. Cardoso e João Fragoso.
Desvios ou atalhos historiográficos: o modo de produção escravista e o mercado interno colonial.
* O debate luso-brasileiro. Jorge Pedreira e Jobson Arruda.
Industrialismo e crise: “crise ou decadência”? |
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