Inscreva-se aqui para receber a Newsletter do XXIV Simpósio Nacional de História. Você será comunicado a cada atualização das informações sobre o evento.
Digite seu e-mail:


Agência oficial do evento
Arquipélago Viagens

Rede Solidária Estudantil

Mini-cursos

VoltarVoltar
Título:
Religiões afrodescendentes: constituindo espaços sociais, territorialidades e identidades

Proponentes:
Valéria Gomes Costa (Universidade Federal Rural de Pernambuco)

Descrição:
As leis de proibição das manifestações culturais negras, em especial dos cultos afrodescendentes – conhecidos como Xangô (Pernambuco, Alagoas, Paraíba), Candomblé (São Paulo, Rio de Janeiro) ou Umbanda (Santa Catarina, Rio Grande do Sul) –, implementadas em diversos locais do território nacional, nos anos 1930, em meio ao processo de modernização das áreas urbanas, não impossibilitaram a continuidade dessas práticas religiosas e das estratégias elaboradas e reelaboradas pelos(as) adeptos(as) das mesmas para assegurar seus espaços na cidade. Os deslocamentos das sedes dos terreiros e/ou de outros espaços de práticas religiosas negras, bem como seus movimentos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização na cidade, em função da referida proibição de funcionamento, nos possibilitam reconstruir as redes de sociabilidades e negociações que foram criadas e (re)criadas em torno desses espaços de cultos afrodescendentes. Ora por várias vezes deslocados, ora fixados, com o objetivo de garantir suas práticas religiosas, chegaram em alguns casos a contribuir com o processo de ocupação/habitação da localidade onde se fixavam, nas áreas geográficas mais distantes da perseguição policial. Dessa forma, o povo-de-santo foi transformando os espaços físicos, ressignificando os lugares simbólicos, dentro das áreas não-pensadas por urbanistas e/ou instâncias oficiais, construindo suas próprias habitações, (re)configurando a cidade, o bairro. Este, por sua vez, enquanto espaço público constitui-se como produto das relações sociais, do convívio de “engajamento” entre parceiros (vizinhos, comerciantes), pessoas ligadas umas às outras pela proximidade e pela relação de convivência (MAYOL apud CERTEAU, 1994, p. 36), configurando-se também como lugar de constituição de identidades étnicas, territoriais, sociais e religiosas de grupos afrodescendentes. Assim, este minicurso se propõe estabelecer um debate em torno das táticas e estratégias dos grupos religiosos afrodescendentes para garantir suas territorialidades – como espaços físicos, simbólicos, sociais, religiosos, etc. – nas áreas urbanas, principalmente nos subúrbios.
Objetivos
Geral
Contribuir com o debate acerca das práticas de constituição de espaços (físicos, geográficos, sociais, religiosos, culturais, etc.) elaboradas e ressignificadas pelos(as) adeptos(as) das religiões afrodescendentes (Candomblé/Xangô, Umbanda, Jurema), na cidade, sobretudo nas áreas suburbanas, tendo a memória individual e coletiva dos(as) religiosos(as) como um meio de configuração de seus territórios.
Específicos
· Discutir alguns dos mais recentes trabalhos teórico-metodológicos sobre territorialidade e identidade étnico-religiosas afrodescendentes.
· Apresentar recentes trabalhos historiográficos sobre práticas de espaços, territorialidades e construção de identidades étnico-religiosas afrodescendentes.
Conteúdo programático
1 Religiões afrodescendentes: ocupação e organização do espaço físico-geográfico
1.1 Deslocamentos dos Terreiros e dos(as) religiosos(as) dos centros urbanos: estratégias de garantia de suas práticas religiosas
1.2 Reterritorialização: o subúrbio como território do povo-de-santo
1.3 Táticas e estratégias de organização na periferia (subúrbio)
2 Memória e configurações de espaços
2.1 Narrativas de desterritorialização/territorialização
2.2 Memória e constituição do espaço – social, religioso, cultural
2.3 Memória coletiva e identidade étnico-religiosa
3 Territorialidade e constituição de identidade
3.1 O Terreiro como o espaço da constituição de identidades africanas
3.2 Práticas de culto e identificações africanas (iorubás, daomeanas e bantus)
4 Nação Xambá: um exemplo de territorialidade afrodescendente

ANPUH ANPUHRS Unisinos PPG História - Unisinos

Patrocínio
UFRGS UPF CNPq
CAPES MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO

Apoio
PUC-RS UCS PREFEITURA DE PORTO ALEGRE
IFCH-UFRGS PPGH-UFRGS  

Outros apoiadores
  • FAPA
  • Centro Universitário Feevale
 
layout layout
Dype Soluções